sábado, 30 de junho de 2007
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Dia dos namorados
O Dicionário de Lugares Imaginários é a maior prova de amor em que consigo pensar (depois de uma cesta de coelhinhos). Vejam:
PAFLAGÔNIA. Reino da fronteira de BLACKSTAFF, que o separa de CRIM TARTÁRIA. A capital é Blombodinga. Não se sabe muito sobre os aspectos físicos do país, mas seu código de punições e recompensas é famoso. Os criminosos são enviados para uma das muitas ordens de flagelantes que, em graus variados de severidade, abundam o país. Os que fazem o bem são recompensados com prêmios tais como a Colher de Madeira, concedida a candidatos cuidadosamente escolhidos pela Universidade de Basforo. A maior honra da Paflagônia é a Ordem do Pepino, que às vezes leva a altas posições na corte, tais como ministro da Mesa de Bilhar, ou diretor da Quadra de Tênis.
(M. A. Titmarsh [William Makepeace Thackeray], “The rose and the ring”, em Christmas books, Londres, 1857)
E bombons, deliciosos bombons. The perfect combination.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Prazeres
Duas novas prateleiras foram instaladas no meu quarto esta semana. Comecei a reorganizar meus livros ontem, de madrugada.
KING LEONIDAS: Unless I miss my guess, we're in for one wild night.
terça-feira, 5 de junho de 2007
Detalhes que adoramos
segunda-feira, 4 de junho de 2007
As Aventuras de Lord Westminster
Lord Westminster se propôs a desbravar a noite paulistana. Os companheiros de clube esbravejaram, salivaram ante o absurdo da idéia – um duque deixou cair o olho de vidro dentro de um copo de brandy que não lhe pertencia.
- Quê? Mas é perfeitamente concebível – Lord Westminster garantiu.
Loucura, disseram os outros. Agitaram bengalas no ar.
- Tonight, cavalheiros, we dine in hell – e, tendo ajeitado a cartola, Lord Westminster ganhou os perigos da Rua Augusta.
Sua primeira providência foi contratar Macondo, o menino-cigano.
- Você será meu pajem – Lord Westminster garbosamente pousou uma mão no ombro do garoto.
- O que isso quer dizer?
- Carregue minhas coisas.
Lord Westminster e seu pajem percorreram todas as boates da região. Macondo fora encarregado de anotar as peculiaridades de cada espécime selvagem que cruzasse o caminho dos dois. Como não sabia escrever, Macondo preencheu páginas e mais páginas com desenhos.
Lord Westminster os exibiu aos colegas de clube. Os senhores cavalheiros exclamaram horrorizados. Sir Godfrey, um homem que cruzara a Índia montado nas costas de um elefante, disse jamais ter visto algo igual.
- Westminster arrisca-se demais...
- Loucura...
- Dado a atos de excentricidade...
- Uma versão mais doentia do próprio pai...
Macondo encontrou Lord Westminster sentado numa poltrona de couro, fumando seu cachimbo. Westminster sorriu:
- Ah, Macondito, que sucesso seus desenhos fizeram! Estou até mesmo pensando em lhe arranjar uma vaga aqui no clube, então talvez você...
- Quero um aumento.
Houve uma pausa. Westminster grunhiu:
- A criadagem...
Lord Westminster voltou da segunda expedição, um mês depois, com roupas rasgadas e uma barba desgrenhada. Causou profunda admiração em seus colegas. Exibiu, com orgulho, a cicatriz que ganhara de um leão de chácara.
- Mais de dois metros, a criatura.
- Impressionante – exclamou Sir Godfrey, examinando o ferimento de perto.
Macondo passou o dia desenhando. Mantinha uma coleção de cadernos na bolsa de carteiro que Lord Westminster lhe comprara. O duque de olho de vidro, espiando sorrateiramente o trabalho do menino, admirou-se com a combinação de cores, com a fluidez (“Com a o quê?”, Lord Westminster perguntaria mais tarde) do desenho. Decidiu contratar Macondo para projetar o cassino que pretendia construir no piso inferior de sua mansão.
- Mas não pode roubar meu pajem – Lord Westminster protestou.
- Macondo já é um garoto crescido.
- Tem doze anos.
- Ele pode tomar suas próprias decisões. Macondo?
- Macondito?
Macondo ponderou com cuidado a situação. Continuar desperdiçando seu talento sob mesas de boates, camuflado com Lord Westminster e uma espingarda, não parecia o caminho apropriado para o futuro glorioso que sua mãe vira nas cartas.
- Lord Westminster, o senhor me ensinou tudo o que sei... – Macondo começou.
Lord Westminster cobriu dramaticamente o rosto com a mão enluvada.
- Não diga mais nada – Lord Westminster murmurou. – Vá, Lancelote, seu traidor.
Quando os senhores cavalheiros acreditavam ter passado a determinação febril do colega, Lord Westminster surpreendeu-os com uma outra revolução: propôs-se a enfrentar a noite carioca.
- Nenhum louco que persistiu conseguiu voltar, Willy.
- Eu, cavalheiros, senhores colegas, sou um homem de palavra. E não se diz noite; é night.
Os cavalheiros não lhe deram crédito. Na manhã seguinte, porém, Lord Westminster os reuniu fora do clube. Apresentou-lhes seu magnífico balão, herança da família.
Um dos colegas desmaiou.
- Por Deus, Westminster. Procure outra coisa para fazer, arranje uma noiva, mas não prossiga.
- Senhores, ainda que eu não volte, viverei para sempre. É este o objetivo de Wilbur Westminster, desbravar o mundo hostil e selvagem em que vivemos.
Lord Westminster subiu no balão. Vestia suas melhores roupas.
- E digam a Macondo que eu o perdôo.
Os cavalheiros acompanharam o balão subir e subir, até tornar-se um pontinho colorido sobre a Avenida Paulista, até dissolver-se lentamente no céu poluído. Mesmo quando já não podiam vê-lo, continuaram acenando.
domingo, 3 de junho de 2007
Sawyer's Song
E o vídeo, aqui.
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Jareth e Sarah
Um cartão
Gert: o finlandês que a chamava de Anna. “Hello, Anna! My best wishes to you from
Gertrude: casou-se com Cláudio. Hamlet has some issues.
Anna: personagem do livro de Jonathan Safran Foer. Morreu em Dresden.
Anna: minha amiga. Não morreu em Dresden, graças a Deus. Jornalista.
The Dresden Dolls: Uma banda.Sonsku: outro finlandês.
Chuffy: Um cão.